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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cure Vol.83 (Agosto de 2010)

  O artista da capa da revista Cure deste mês é KAMIJO, vocalista do Versailles, que fez seu major debut há um ano. Ele também está trabalhando como produtor chefe da Sherow Artist Society. Ele tem uma grande perspectiva e diversas idéias para promover sua gravadora constantemente. Ele é muito persuasivo desde que experimentou o sucesso nessa indústria do Visual Kei. Recentemente, Matenrou Opera, uma banda que pertence à Sherow Artist Society, anunciou a notícia do seu major debut. Ambas as bandas da Sherow Artist Society serão major. Nesta entrevista, ele fala sobre histórias interessantes, desde como ele se sente sobre ser major até o que ele pensa sobre a atual indústria do Visual Kei.






Já faz um ano desde que você virou major. Houve alguma mudança? Como você se sente quando você observa a cena VK como um artista major?
KAMIJO: Para mim, o primeiro passo foi estar em uma banda indie VK e virar major. Eu passei por esse ponto nos meus dias indie. No entanto, os fãs são o oposto, o que significa que as pessoas primeiro descobrem uma banda VK major e se interessam por música VK, então começam a procurar bandas indie mais tarde. Porque as pessoas normais olham mais para bandas major do que para bandas indie, se você é de uma banda major, você tem que ser como um representante das bandas VK para chamar a atenção de mais pessoas. Eu me sinto fortemente desse modo desde que virei major.





Quando nós olhamos de volta para os seus dias indie, nos surpreendemos muito com o que o Versailles fez como uma banda indie. Vocês foram muito agressivos e sempre tiveram idéias ótimas que ninguém conseguiu imitar.
KAMIJO: Bom, eu não acho que alguém consiga copiar o que nós fizemos, mas eu acredito que qualquer banda pode ser uma ótima banda desde que ela se esforce ao máximo. Muitas bandas estão satisfeitas com o lugar onde estão agora. Mesmo que elas tenham potencial para serem melhores, elas acham que, para iniciantes, são boas o suficiente. Isso é um grande desperdício. Como eu disse antes, pessoas normais olham bandas major antes e só depois começam a procurar bandas indie. Para impressionar aqueles que acabaram de conhecer bandas indie, as bandas indie devem ser mais agressivas e positivas. Eu acho que as bandas atuais não pensam como eu...


Eu realmente gostei do evento “Kakumei no Anthology” que vocês realizaram um pouco antes do seu major debut, no qual os clientes que comprassem o CD de qualquer banda VK poderiam levar um ingresso de graça para o show do Versailles. Ajudou muito a aumentar a popularidade do VK.
KAMIJO: Eu amo Visual Kei. Estou feliz por estar nesta indústria. Meu modo de estar no VK é ser um membro do Versailles. Tenho certeza de que outras pessoas têm seus próprios modos de estar nessa indústria. Não importa o que você faz como um artista VK desde que você esteja fazendo o que você quer fazer. Visual Kei é seu título, e todos os artistas VK são seus colegas. Quando eu vejo artistas VK na mídia, me sinto muito feliz e quero apoiá-los, mesmo não sendo fã de sua música. Eu realmente gosto de VK, e eu acho que é importante estar feliz por ser uma parte do Visual Kei.


Entendo. Você está planejando alguns eventos como o “Kakumei no Anthology” para levantar a cena VK? 

KAMIJO: Ser um artista major significa se tornar aquele que possui uma forte influência sobre os outros. Portanto, eu adoraria me levantar e fazer tudo para levantar também a indústria VK. Neste momento, eu estou trabalhando pesadamente para o Matenrou Opera que anunciou seu major debut recentemente. Eu tenho que ensinar mais coisas a eles durante esses poucos meses antes do debut. Eu gostaria de ensinar tudo que eu sei sobre a indústria VK para eles.




 

Você acabou de mencionar o Matenrou Opera. Como você os conheceu e começou a trabalhar com eles?

KAMIJO: Eu tive a chance de ouvir a música deles, e eu fiquei muito impressionado. O Matenrou Opera estava participando do nosso evento “Shikkoku no Symphony”. Foi um dia incrível. Eu encontrei os membros fora do backstage e pedi para eles se juntarem à minha gravadora. A maior razão de eu gostar de verdade deles é a ótima música. Toda banda indie deve ter pelo menos uma música impressionante como uma obra prima [masterpiece]. O Versailles tem “The Revenant Choir” e minha banda anterior LAREINE tem “Saikai no Hana”. O Matenrou Opera tem uma também. Mais tarde, eles me disseram que trocariam de membros. Quando eles me perguntaram se eu ainda estaria interessado em cuidar do Matenrou Opera depois de trocarem de membros, eu respondi “Com certeza” na hora. Eu sabia que mesmo que eles trocassem de membros, eles ainda tocariam a música pela qual me apaixonei, que é “alkaloid showcase”.



Eu gosto do seu relacionamento com o Matenrou Opera. Vocês parecem muito confortáveis e satisfeitos estando na mesma gravadora.
KAMIJO: Bom, eu não apareço muito nos shows deles ou eventos. O que estou fazendo por eles? Eu apenas quero fazer uma boa biografia deles.

O que significa...?
KAMIJO: Boa biografia. Eu quero construir a história deles e levá-los ao próximo passo. É como se fosse eu virando a página do livro da história do Matenrou Opera. Eu viro as páginas uma por uma, sem parar ou virar muito rápido. Às vezes eu insiro um marca-página e os deixo continuar o processo.


Então agora você está na página “ser major” do livro do Matenrou Opera.
KAMIJO: Exatamente. Às vezes eu adiciono páginas coloridas no livro, ou apenas um pequeno artigo em uma página. É um termo meio ofensivo, mas o Matenrou Opera é uma peça fácil de controlar. (risos)



(risos) E isso quer dizer...? 

KAMIJO: Eles sempre seguem minha estratégia e trabalham mais do que eu esperava deles. Como líder, eles são muito confiáveis e fáceis de controlar. Eles adicionam suas idéias originais na minha estratégia e tornam o plano melhor ainda. E também, os outros membros do Versailles dão alguns conselhos e os membros do Matenrou Opera os ouvem muito bem. Eu gosto muito desse relacionamento entre cada um de nós.

Interessante. Falando nisso, por que você criou a Sherow Artist Society?

KAMIJO: Na verdade, não fui eu quem fundou a gravadora. Oficialmente, meu título é produtor. Temos o presidente atrás de mim. As pessoas me chamam de dono ou presidente, mas eu não sou.

Entendo, então você é o produtor. 
  
KAMIJO: Sim, é isso.



Ok. Eu sinto que sua gravadora dá muita chance de pensar nas bandas. Há muitas pessoas que têm o título de produtor, mas você é um produtor muito incomum se comparado a outras companhias.

KAMIJO: Eu sempre quero saber o que está havendo e sempre quero estar envolvido. Por exemplo, filmar um promotional video [PV], fazer photoshoots e design, eu quero saber como eles funcionam. Se eu sei como funcionam, posso conversar mais profundamente com os profissionais e melhorar os produtos.


Tecnicamente, você é encarregado do trabalho de produtor e do trabalho de arte ao mesmo tempo. Como você se sente quanto a isso?

KAMIJO: Eu costumava trabalhar como engenheiro de gravação e designer, e fazia todo o trabalho de A a Z. Eu até editava vídeos, então tecnicamente eu posso fazer tudo eu mesmo. Mas, eu sei que é melhor pedir para que profissionais de verdade façam a edição ou o trabalho técnico. O que eu posso fazer como um profissional é cantar, compor e produzir/gerenciar. Eu frequentemente vou a um café, e abro minha agenda para fazer planos. Eu gosto de planejar quando devo anunciar novidades, que dia é bom para começar a vender ingressos, etc.


Você é muito cuidadoso e detalhista sobre tudo.

KAMIJO: É claro; eu tenho que ser. Por exemplo, nós precisamos começar a vender ingressos depois que uma revista que contém informações sobre a Sherow Artist Society é publicada, ou às vezes é melhor trocar para depois do dia 25 que é o dia de pagamento. Neste mês está agendado o lançamento de um CD, então nós devemos vender ingressos para shows em um mês diferente, etc. Eu gosto de pensar no público e nas pessoas que apóiam minhas bandas. Mas eu não faço isso quando estou fazendo músicas. Antes, um dos membros do fã-clube do Versailles me perguntou por que usamos as mesmas fotos de novo e de novo. Nós costumávamos inserir fotos da propaganda de uma revista no livro do fã-clube também. Se eu sou fã, eu quero ver fotos diferentes da banda. E também, outro fã me mandou uma carta dizendo que o dia de venda dos ingressos deveria ser sábado em vez de domingo, já que funciona melhor para as pessoas que têm empregos. Eu ouço o que as pessoas dizem e tento ouvir a voz delas para melhorar meu sistema de gerenciamento.


É ótimo que você ouve seriamente o que as pessoas dizem.

KAMIJO: É muito importante ouvir as opiniões das outras pessoas. Você aprenderá muitas coisas com elas.

Geralmente, como uma idéia sua surge?

KAMIJO: Intuição. Eu acredito nas minhas idéias, então eu sempre as sigo. Eu construo bases para fazer o que eu acredito, e é claro que eu preparo as coisas caso eu falhe ou cometa algum erro.

Quando você faz o que acredita, mas não tem 100% de certeza, você não sente medo?

KAMIJO: Sim, às vezes, e às vezes eu me perco no que estou fazendo. Eu também sinto medo. Mas quando você sente medo, você é mais cuidadoso; assim, você pode evitar erros estúpidos.





Entendo. Sobre a Sherow Artist Society, você vai continuar como empresário?

KAMIJO: Definitivamente. Eu vou recrutar outras bandas via revistas. Não precisa ser uma banda completa; vocal, guitarra, baixo, bateria e teclado – pode ser qualquer função. Mesmo violinos e violoncelos. Você pode até mesmo se candidatar a uma função que não é tocar lá na frente; você pode se candidatar a trabalhos como produtor e empresário. Se você tem alguma especialidade para usar em um emprego, por favor, candidate-se em nossa gravadora. Você não precisa ter experiência em uma banda VK; eu prefiro ter pessoas que nunca tocaram em uma banda. Muitas vezes, as pessoas cometem erros quando começam a criar uma banda VK. Eu quero prevenir o erro e guiar ao caminho certo.

Interessante, é difícil encontrar uma pessoa como você.

KAMIJO: Há muitas pessoas que parecem confiantes. Mas na verdade elas não são confiantes, então elas agem como se fossem. Se você acredita de verdade em você mesmo e no que está pensando, você pode dizer por que é confiante. Se você não sabe por que é confiante, mas diz, “Eu sou confiante” significa que você não tem confiança.


Depois que você virou major, você tem mais chances de ser visto por mais pessoas. Parece que você aprendeu muito. De qualquer modo, você tem algum comentário para as pessoas que gostam da Cure?

KAMIJO: Olá, pessoas que estão lendo a revista Cure, prazer em conhecê-los. Vocês provavelmente não sabem quem eu sou. Bonjour, eu sou KAMIJO, vocalista de uma banda chamada Versailles. (risos)

Eu acho que os leitores já sabem quem você é. (risos)

KAMIJO: Bem, não, você sempre deve ter o sentimento de quando você começou.


Entendo. Você tem alguma boa idéia em sua mente para projetos futuros?

KAMIJO: Atualmente, eu estou construindo um estúdio de gravação. Mas ainda está em processo.

Uau, um estúdio de gravação?

KAMIJO: Sim, um dos meus sonhos que vai virar realidade. Eu ainda tenho mais de 100 sonhos para realizar!


Por último, por favor, nos deixe uma mensagem.

KAMIJO: Pessoas que lêem a Cure têm um importante papel no apoio e no crescimento das bandas Visual Kei indie. Nós precisamos de público e fãs para aumentar as habilidades das bandas VK e fazer música mais rica. Por favor, continuem apoiando o Versailles e as bandas que vocês gostam agora. Façam a indústria VK crescer e aproveitem.


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